Wednesday, March 12, 2014

Violência no parto? Ministério Público Federal investiga


(Foto: Carla Raiter)


Muito bom saber que um problema tão recorrente agora recebe atenção do Ministério Público Federal. Violência no parto. 
Enfermeira/médico mandando paciente, em trabalho de parto, "gritar mais baixo" ou calar a boca? Episiotomia (corte entre o ânus e a vagina para facilitar a saída do bebê) feita em 80% a 90% dos casos enquanto isso raramente é necessário de fato?

De acordo com a pesquisa “Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado”, divulgada em 2010 pela Fundação Perseu Abramo, uma em cada quatro mulheres sofre algum tipo de violência durante o parto.
Por conta do grande número de denúncias que tem recebido, o Ministério Público Federal decidiu instaurar nesta semana um inquérito civil público para apurar esses casos.



Eu, por exemplo, passei por essas duas situações (médico mandando gritar e epsio). E digo, sem medo de errar, que isso tudo é comum porque obstetra no Brasil é treinado para operar/cortar/costurar, basicamente fazer cesária.
Não são treinados e não sabem simplesmente ajudar a mulher parir.

Vale ler a matéria da coluna Maternar: http://maternar.blogfolha.uol.com.br/2014/03/12/mulheres-denunciam-violencia-obstetrica-saiba-se-voce-foi-vitima/

Friday, November 22, 2013

Pornografia de revanche: o termo está na moda, mas a prática não deveria estar


Vc sabe o que é pornografia de revanche?

Trata-se de divulgar fotos ou vídeos íntimos com o objetivo claro de manchar a imagem de quem aparece nele. Costuma ser espalhado por homens que desejam se vingar de suas ex-ficantes, namoradas/mulheres. O mais triste é que eles têm conseguido não só denegri-las, como contribuir para a sua própria morte. Há casos crescentes de suicídio.

Nos últimos dias, o termo tem aparecido com frequencia na mídia e na internet - exatamente por causa dessas mortes. Vale ler tanto o texto do jornalista Lino Bocchini na Carta Capital quanto a entrevista do ex-jogador e deputado federal Romário na Marie Claire para entender mais a fundo a questão. Mais uma vez, o moralismo, a hipocrisia e o machismo (de homens e de mulheres), todos eles lamentavelmente enraizados em nossa sociedade, são a grande causa do problema: da divulgação das imagens, ao julgamento das pessoas à morte dessas mulheres.

Texto do Lino Bocchini
http://www.cartacapital.com.br/blogs/blog-do-lino/o-suicidio-da-adolescente-de-veranopolis-e-nossa-culpa-6036.html

Entrevista do Romário
http://revistamarieclaire.globo.com/Mulheres-do-Mundo/noticia/2013/11/pornografia-de-revanche-nossa-sociedade-julga-mulheres-como-se-o-sexo-denegrisse-honra-diz-romario.html

 

Saturday, September 7, 2013

Entrevista esclarecedora de Ivan Martins (da revista Época) com Hannan Abdala, cineasta egípcia:

Hannan Abdalla: "As mulheres árabes não são vítimas passivas"

A jovem cineasta egípcia diz que a opressão das mulheres no Egito não tem causa religiosa e que é inútil criar ONGs de classe média para ajudá-las.

Para ler, clique aqui


Wednesday, September 4, 2013

O novo feminismo




Muito boa mesmo a matéria "Girl Power - O Novo Feminismo" da revista ELLE, edição de agosto. Argumento de gente grande, bem defendido, amarrado e exemplificado. Aquele tipo de reportagem que a gente lê e se identifica de cara.

Esse trecho meio que resume a coisa toda:
"O feminismo hoje se apresenta de diferentes formas, inclusive em cima de um palco, vestido de Givenchy decotado (aqui a referência é Beyoncé, citada no lide). Sua versão moderna visa ampliar as escolhas da mulher e respeitar os desejos de cada uma, em contraponto à militância do passado, que reprimia tudo que pudesse parecer resultado da opressão machista, até nas coisas mais ingênuas, como a obrigação de estar com a depilação em dia. (...) Uma mulher pode casar virgem ou abandonar a carreira para cuidar da família - decisões vistas como imposições paternalistas - e ainda ser femininista".

O texto aborda também o peso da palavra feminista, que para muitos ainda é sinal de mulher que não gosta de homem (?!), uma visão tão difundida quanto torta. Para exemplificar, cita a escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, eleita uma das pessoas mais influentes do mundo pela revista Time, que descreveu em uma palestra em 2012 as suas dificuldades em se declarar feminista. Pesquisei sobre, e encontrei o seu discurso no TEDxEuston. Está aqui, para quem se interessar.

O assunto está quicando. Prova disso é que no mesmo dia que li a matéria da ELLE, vi no Facebook um texto de uma jovem de 29 anos sobre a arte de tricotar.

Olha um trechinho:
"Houve um movimento de conquista no mercado de trabalho e de independência financeira feminina cujo resultado foi o abandono (total ou parcial) dos trabalhos domésticos. Nós focamos no fator negativo de ser "dona de casa" e esquecemos de enxergar a liberdade existente nas nossas artes manuais".

Liberdade para ser o que bem entendemos. Essa é a nossa luta, seja no Brasil, seja no Afeganistão. E isso quer dizer, em níveis diferentes, é claro, vestir o que gostamos, namorarmos, casarmos e trabalharmos com e com quem queremos.




Tuesday, May 14, 2013

A escolha de Angelina



O texto de hoje escrito por Angelina Jolie no The New York Times é matador.
A notícia em si é matadora.
Eu já estava ligada nessa possibilidade, de tirar os seios e os ovários para evitar o aparecimento de um câncer, também já estava atenta a esse "movimento", de mulheres que se informam, sentem medo e são levadas pela coragem.
Mas, me surpreendi ao vê-la optar por isso e levantar a bandeira - mais uma.

É claro que, assim como foi e será difícil para Angelina, é igualmente pesado para todas as mulheres envolvidas nessa questão.
Por outro lado, ela vive de sua beleza, perfeição - boca e seios cinematográficos.
É, no mínimo, algo a pensar, respeitar.
Afinal, os avanços da medicina nessa área, identificando genes doentes e monitorando mutações perigosas, são fortes ao ponto de provocar esse tipo de comportamento em mulheres contemporâneas, tão preocupadas com a sua imagem.

Assim como ela, tive uma mãe que morreu de cancer ainda jovem, após anos de luta.
A morte de câncer é feia.
Só sabe quem vive e quem presencia.
Dá muito medo.

Quem ainda não leu o texto original: está aqui. Vale a pena.

"Life comes with many challenges. The ones that should not scare us are the ones we can take on and take control of. "

Monday, April 15, 2013

Filhos criados, ou estragados?



Parecia bobo, mas achei o filme "Uma Família em Apuros" (clique aqui para ver o trailler) genial.
Disfarçado de comédia de Sessão da Tarde, é uma crítica às sociedades (se refere à americana, mas poderia, muito bem, retratar algumas famílias daqui do Brasil) cujos pais criam/educam os seus filhos segundo os modernos manuais de educação, recentes pesquisas de comportamento, etc, sem medir consequências.

É claro que, no quesito criação, avançamos muito em relação às gerações anteriores. A tal palmada e afins, acredito, perde cada vez mais espaço e moral nas sociedades, digamos, mais antenadas.
Mas, tudo tem limite. Conhece aquela "regrinha" contemporânea de que os pais não devem dizer não aos filhos, apenas mostrar o lado ruim de cada ato? Bullshit. Sempre achei, agora tenho certeza de que esse blábláblá só estraga as crianças.

Wednesday, December 5, 2012

Esmaltes "cancer free"

 
Marca Butter, cor Blagger: azul poderoso
 

 
Detalhe da tampa: luxo

Minha irmã esteve em Miami e trouxe pra mim uma marca de esmaltes que viu bastante por lá, especialmente na Macy's. Chama-se Butter e é britânico - o logo, inclusive, é uma graça: uma ave de pose aristocrata e cora na cabeça. As cores escolhidas: um azul escuro (Blagger) e um verde claro (Bossy Boots) - o último ainda não experimentei, mas será o próximo, certeza.

Para conhecer um pouco da marca, basta ler o frasco. Logo de cara afirmam que, ali, não se paga um preço alto pela beleza (gostei do clichê). Os esmaltes Butter trazem três vantagens em um vidro: são livres de formadeídos, toluenos e DPB. Ou seja, colorem, mas não são cancerígenos.

Detalhe: possuem duas tampas. A primeira precisa ser desencaixada, para que ele possa ser aberto. Frescuras fofas. Vale a pena visitar o site para ver as cores disponíveis.

Confesso que me senti ainda mais feliz de estar pintando a unha. Mas, devo dizer: ainda assim ela escamou... Vira e mexe, isso acontece. Já li que é por causa do excesso de química a que nos submetemos... Ou seja, a culpa não deve ser apenas do formol e seus amigos.

Hoje, vi o anúncio em uma revista de uma linha de esmaltes da Granado: "10 cores exclusivas com alta cobertura, brilho intenso e secagem rápida. Livres de toluenos, parabenos e formaldeídos e DBP". Que bom que a moda cancer free chega por aqui.

 
(Com a segunda tampa, que deve ser "lift to open" para ver a ave de coroa e abrir o vidro: very british)